A logística reversa pode afetar o seu negócio, principalmente no que tange ao cumprimento da determinação da PNRS. Se o sistema não for viabilizado as empresas podem sofrer as penalidades por lei. Neste ano de 2020, com o fim do prazo para que municípios acabem com os lixões, as fiscalizações para verificar se as empresas realizam a logística reversa podem ser intensificadas. Já que é um instrumento de desenvolvimento econômico e social que viabiliza a coleta e a restituição dos resíduos ao setor empresarial diminuindo o descarte nos aterros.
A logística reversa minimiza e/ou elimina o descarte dos resíduos em locais inadequados que causam fortes impactos no ambiente. Este instrumento viabiliza o cumprimento da PNRS, principalmente com o fim de lixões.
Confira quais as novidades da PNRS e o que esperar da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS para 2020!
Logística Reversa
A lei ambiental sobre a obrigação da logística reversa vigora desde 2010, porém somente em 2017 foi regulamentada através do decreto nº 9177.
A lei 12.305/2010 regulamenta o manejo adequado dos resíduos e estipulam outros dois instrumentos para viabilizar a logística reversa: o termo de compromisso e o acordo setorial.
O intuito da lei ambiental é instituir instrumentos para a gestão de resíduos, permitindo que o país enfrente os principais problemas ambientais, sociais e econômicos causados pelo manejo incorreto dos resíduos.
A PNRS determina que para a implantação do sistema de logística reversa tanto os fabricantes, quanto os importadores, distribuidores, comerciantes, cidadãos e prefeitura tenham a responsabilidade compartilhada no manejo dos resíduos e embalagens pós-consumo.
Em 2012, foi assinado um acordo de logística reversa com o setor de embalagens plásticas de óleos lubrificantes. Para implantar o sistema nos setores de lâmpadas e embalagens em geral, o governo assinou acordos em 2015.
Para 2020, a expectativa é a estruturação de outros acordos setoriais para implantação da logística reversa nos setores das cadeias produtivas de embalagens e resíduos de medicamentos.
A grande novidade para este ano é a logística reversa de eletrônicos. O acordo foi assinado em outubro de 2019, e o prazo para as empresas instituírem o sistema é até 2021. No entanto, há uma grande expectativa que em 2020 já sejam coletados e reciclados através do sistema uma grande quantidade de eletrônicos.
Em São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) regulamentou que a partir de outubro de 2018 para as organizações obterem a licença ambiental terão a obrigatoriedade de implantaram o sistema de logística reversa. Com essa decisão fica determinada a responsabilidade da empresa apresentar um plano de coleta dos resíduos resultante de seus produtos ou embalagens e qual foi à destinação dada a esse resíduo.
A logística reversa e a PNRS
A logística reversa é um instrumento instituído pela Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, e se destaca como um dos meios mais determinantes para garantir o descarte correto e a reciclagem de resíduos.
Consistem em um processo que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas referentes ao retorno dos materiais após o consumo para as empresas fabricantes de tal produto.
Os responsáveis pelo manejo correto dos resíduos tem a responsabilidade compartilhada para que a destinação final seja realizada por meio de um sistema de logística reversa.
Com o fim do prazo em 2020 para que os municípios de 50 a 100 mil habitantes acabem com os lixões, a implantação de um sistema de logística reversa facilitará muito para as prefeituras, pois será reduzida a quantidade de resíduos descartados.
Devem possuir um sistema de logística reversa os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
- agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso – as empresas devem coletar após o consumo 60% do resíduo;
- pilhas e baterias– 90% das baterias automotivas devem ser recolhidos pelos fabricantes após descartado pelos consumidores;
- pneus, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
- óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens– as companhias devem coletar 22% do produto pós-consumo;
- produtos eletroeletrônicos e seus componentes– 13% deve ser recolhido através do sistema de logística reversa.
A logística reversa melhora a imagem da empresa
A marca é a identidade de qualquer organização. Quando a empresa possui uma marca forte o seu lucro é maior, já que a procura por seus produtos também é maior.
Uma empresa com um bom planejamento ambiental e com ações efetivas neste sentido, certamente terá uma imagem respeitável diante da sociedade e do mercado. Assim ela fortalece a sua posição no mercado e amplia a possibilidade de novos negócios.
Pois bem, com um sistema de logística reversa estruturado dentro de uma empresa é possível conseguir uma significativa melhora na imagem da marca.
A logística reversa é um processo que se representa como um grande diferencial competitivo, fazendo com que a empresa se torne destaque entre seus concorrentes. Principalmente agora em que se fala muito no fim dos lixões e no aumento da vida útil dos aterros.
Essas empresas se posicionam de forma ambientalmente correta diante da sociedade e dos consumidores. O retorno é a valorização da imagem e o crescimento econômico. Já que muitos clientes procuram somente os serviços e produtos das empresas sustentáveis.
Como operacionalizar a logística reversa?
A operação do sistema de logística reversa pode ser realizada por meio de um software de gestão de resíduo ou mesmo por uma empresa especializada neste tipo de serviço.
No software de gestão de resíduos da VG Resíduos a empresa pode implementar o sistema de forma individual. A plataforma traz funcionalidades específicas para o controle das áreas geradoras, dos processos, dos prestadores de serviços e dos documentos, tudo com metodologia baseada na Política Nacional de Resíduos e demais legislações pertinentes ao assunto.
Já na plataforma Mercado de Resíduos o gerador encontrar empresas que tem interesse em adquirir o resíduo coletado através da logística reversa. A plataforma serve para integrar interessados em resíduos e, sobretudo, estruturar uma rede de contatos que garanta o oferecimento de soluções para compra, venda, tratamento e transporte de resíduos em escala nacional.
A VG Resíduos é um software que pode auxiliar a gestão de resíduos e no descarte correto dos mesmos, auxiliando a empresa crescer adotando práticas sustentáveis.
Assim sendo, conclui-se que a logística reversa é uma ferramenta para sustentabilidade, pois viabiliza o desenvolvimento econômico e social ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente. Através da logística reversa são desenvolvidos meios de inserir no ciclo produtivo os resíduos que seriam descartados. Além disso, reduz a quantidade de resíduos a serem descartados, contribuindo assim para a manutenção e aumento de vida dos aterros.
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