Vermicompostagem: quais vantagens, como fazer e lucrar com essa técnica?
23/05/2019
Vermicompostagem é um processo de transformar resíduos orgânicos em composto de alta qualidade utilizando minhocas. A sua grande vantagem é que o processo leva pouco tempo e não exige grandes espaços ou equipamento. O composto formado na vermicompostagem é um excelente fertilizante.
A vermicompostagem é uma maneira fantástica de dar destinação ambientalmente correta aos resíduos orgânicos. Além disso, com essa técnica de tratamento de resíduos, a empresa obtém um bom lucro. Uma vez que pode ser feita em grande escala e em pouco tempo. Confira!
Vermicompostagem
A vermicompostagem é um tipo de compostagem. Todavia, essa técnica utiliza minhocas para degradar a matéria orgânica presente no resíduo. Por utilizar minhocas, o processo é muito mais rápido que a compostagem tradicional, pois os vermes aceleram o processo de decomposição da matéria orgânica.
O substrato formado no tratamento do resíduo orgânico é o húmus de minhoca. Um fertilizante muito rico em nutrientes. O húmus é inodoro, leve, macio, solto, finamente granulado e rico em minerais que são absorvidos pelas plantas. O seu pH neutro permite que o adubo seja colocado diretamente sobre raízes das plantas sem causar danos a elas, como queimaduras.
As minhocas trituram os resíduos orgânicos, liberando um muco que facilita a decomposição por microorganismos decompositores. Assim o processo de humificação é acelerado. Além disso, promove o desenvolvimento de uma grande população de microorganismos. Assim sendo, o vermicomposto tem uma qualidade melhor do que o composto formado na compostagem tradicional.
A comercialização do húmus é muito lucrativa para as empresas. A preocupação com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável aumenta a procura por produtos ecologicamente correto. As organizações que ofertam esses produtos estão se destacando no mercado.
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Vantagens e desvantagens da vermicompostagem
A vermicompostagem tem inúmeras vantagens:
- eliminação de agentes patogênicos como bactérias, vírus e parasitas presentes no resíduo orgânico;
- o processo de transformação do resíduo em húmus não gera qualquer tipo de cheiros;
- transformação de materiais instáveis e poluentes em materiais mais estáveis;
- diminuição e/ou eliminação de impacto ambiental sobre o ar, águas e solos;
- reciclagem dos resíduos domésticos biodegradáveis;
- redução do volume de resíduos que seria depositados em aterro;
- produção de um aditivo orgânico e fertilizante natural;
- valorização de resíduos orgânicos.
A vermicompostagem apresenta algumas desvantagens. São elas:
- os resíduos orgânicos devem ser selecionados antes de passar pelo processo de vermicompostagem, pois o tipo de matéria orgânica influencia a qualidade e as aplicações do composto;
- fatores como temperatura, umidade e arejamento devem ser controlados e verificados regularmente;
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Como fazer a vermicompostagem?
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Os componentes necessários para realizar o processo de tratamento do resíduo orgânico através da vermicompostagem são: o vermicompostor, minhocas e resíduos orgânicos.
O vermicompostor pode ser construído tendo por base uma caixa de madeira com tampa. É necessário que a caixa tenha alguns orifícios no fundo para melhor drenagem, e nas paredes laterais para melhor ventilação. Além de uma tampa para manter a umidade e evitar a proliferação de insetos.
As minhocas mais adequadas para vermicompostagem são as minhocas vermelhas da Califórnia e as minhocas da Terra.
Os resíduos orgânicos que podem ser utilizado na vermicompostagem são:
- vegetais e frutas em gerais;
- cascas triturada de ovo;
- borra de café e filtro;
- folhas de chá;
- feijão;
- resíduos de jardim;
- papel e cartão (cortado e molhado);
- arroz e massas cozidas;
- pão, bolo, cereais, etc..
Já outros resíduos orgânicos não podem ser utilizado na vermicompostagem, pois são prejudiciais as minhocas. São:
- carne e peixe;
- fritos;
- saladas temperadas com vinagre, azeite e óleos;
- limão, laranja, etc.;
- resíduos tratados com pesticidas.
Passo a passo da vermicompostagem
Primeiramente o vermicompostor deve ser forrado com tiras de papel, jornal, folhas secas e pouca terra. Essa “cama” deve estar úmida para criar um ambiente adequado para as minhocas.
Depois as minhocas devem ser colocadas por cima da “cama”. Em seguida coloque sobre as minhocas os resíduos cortados em pedaços pequenos, para facilitar a decomposição. E faça outra “cama” por cima.
Durante uma semana não devem ser adicionados mais resíduos ao vermicompostor, para que as minhocas possam habituar ao novo ambiente e comecem a decompor os resíduos.
Após este período adicione resíduos ao vermicompostor 3 ou 4 vezes por mês. Para isso basta afastar a cama e espalhar uniformemente os resíduos. Após adicionar cubra novamente com a “cama” e tampe o vermicompostor.
Importante que seja tomado alguns cuidados, como manter no máximo 2 cm de resíduos acima das minhocas. Além disso, monitorar o cheiro. Se o vermicompostor tiver um odor forte é sinal que deve ser interrompido por 1 ou 2 dias a colocação de resíduos. Outro cuidado importante é manter a vermicompostagem arejada. Para isso, basta remexer suavemente utilizando um utensílio com pontas arredondadas ou a mão.
Em 3 a 6 meses será possível recolher o húmus formado.
O lucro!
Para obter o lucro com a vermicompostagem devem ser observados alguns requisitos importantes, como: matéria – prima suficiente para abastecer seu negócio e o mercado consumidor.
O local escolhido para a produção do vermicomposto deve estar próximo do seu mercado consumidor para que não encareça o produto. E próximo também de bons geradores de resíduos orgânicos.
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Sendo assim, a vermicompostagem é um tipo de tratamento que transforma resíduos orgânicos em composto de alta qualidade utilizando minhocas. Esse processo pode ser feito em grande escala e em pouco tempo se comparada com a compostagem tradicional. O composto formado na vermicompostagem é um excelente fertilizante que pode ser vendido aumentando o lucro da empresa.
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