Especialistas buscam soluções para os lixos nos oceanos
20/11/2017
É preocupante saber que ainda não há uma solução definitiva para eliminar com cerca de 8 milhões de toneladas de lixo lançados nos oceanos anualmente.
Grandes quantidades de lixo se concentram tanto na superfície quando no fundo do mar, provocando males e sérias consequências para a vida marinha de geral. Os problemas podem ser gerados seja pelo contato, ingestão ou outros tipos de impactos provocados pelos resíduos despejados aos animais e o meio ambiente aquático.
Os vilões marítimos
O resíduo que é mais encontrado nos mares é o plástico. Nos oceanos estão concentrados uma grande concentração de poluentes e afeta não só o ecossistema marítimo, mas também a vida e a saúde humana.
Os lixos geralmente se concentram em uma determinada parte do oceano, onde geralmente encontra-se diferentes tipos de plásticos, como: garrafas, embalagens e até mesmo microplásticos, que são partículas pequenas e extremamente tóxicas de plástico.
De acordo com o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), grande quantidade de poluentes altera a composição da água do mar. Amostras podem chegar a contar 1000 partes de plástico para cada plâncton. Lembrando que se encontrar seis partes de plásticos para cada plâncton já caracteriza como um ambiente poluído.
Saúde do ecossistema marítimo
O descarte de resíduos no mar ocorre há tanto tempo em quantidades tão expressivas, que acabou fazendo parte do ecossistema. Plânctons e pequenos crustáceos se alimentam dele, e se intoxicam no processo da cadeia alimentar; vão sendo comidos por animais maiores e até chegar nos seres humanos.
Há também outros poluentes no ambiente marítimo, como: pesticidas, metais pesados e outros poluentes. O que faz com que a contaminação seja mais séria, podendo causar graves danos à saúde. Os problemas que podem causar são: disfunções hormonais, neurológicas, reprodutivas.
Especialistas estão procurando soluções para esse grave problema
Foi realizado um seminário, no Rio de Janeiro no início de novembro, onde compareceram cerca de 200 pessoas. O I Seminário Nacional sobre Combate ao lixo no mar, foi organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, ONU meio ambiente, USP e parceiros.
Além da participação presencial, o evento também teve transmissão ao vivo dos internautas pelas redes sociais, acompanhado por aproximadamente 13 mil pessoas.
A discussão foi baseada nas alternativas para redução dos lixos nos oceanos, além de apresentar dados sobre o impacto socioeconômico e ambiental do descarte incorreto. A atividade abordou também quais são as ações para combater a poluição nos oceanos e na costa brasileira.
Outros temas que foram discutidos nesse Seminário foram: apresentação de estudos, experiências relacionadas ao lixo no mar, seus impactos, possíveis soluções e desafios de pesquisa, educação e mobilização.
Esse seminário é muito importante no que se refere ao processo da elaboração do Plano Nacional de Combate ao lixo no mar. Esse Plano será desenvolvido pelo Governo Federal juntamente com parceiros, e já é sabido sobre a urgência desse tema.
Terão outros seminários e reuniões sobre o tema, o próximo será no Quênia, em uma reunião ambiental da ONU. O Brasil estará presente com sua delegação brasileira. Durante o seminário os participantes irão responder questionários, e estes serão analisados para contribuições para adoções de estratégia de elaboração do Plano Nacional de combate ao lixo no mar. Esse documento deverá ser finalizado em 2018.
É importante ressaltar, que todas as tipologias empresariais que sejam relacionadas ao tema da pesquisa venham agregar informações, como campanhas de conscientização, mecanismos de educação e inovação. Um importante setor produtivo que deve participar é o setor de embalagens.
Compromissos e atitudes
O surf irá atuar como segmento social, tendo um papel de sentinela da zona costeira e zona marinha, tendo assim um novo olhar sobre a relação com a zona marinha, tendo uma maior atuação no combate do lixo no mar.
Essa preocupação e organização desses seminários ajudam a consolidar a ideia de que o problema do lixo marinho deverá ser responsabilidade do poder público e das industrias. Com a ajuda dos surfistas, pescadores, marinha mercante, militares e a sociedade em geral, devem trocar informações com os pesquisadores e tomadores de decisão no intuito de melhorar a vida marítima.
Através do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em uma reunião no Havaí, gerou os documentos: compromisso de Honolulu e a estratégia de Honolulu.
Através desses documentos, geraram uma lista com doze atitudes que tem como objetivo reduzir a geração de lixo nos mares. A nação, empresa ou pessoa que assinar esse documento assume publicamente o compromisso de combater esse difícil problema.
A estratégia de Honolulu tem como roteiro medidas elaboradas para orientar a sociedade civil, o poder público e o setor privado para planejar e executar as ações. E inclui redução do lixo marinho gerado em terra, redução do lixo marinho gerado no mar e remover o lixo acumulado no ambiente marinho.
Vale lembrar que o PNUMA criou, em 1995, o Programa Global de Ação para a Proteção do Ambiente Marinho de atividades situadas em terra. Esse programa inovou ao apontar a conexão entre os ambientes marinhos e terrestres e buscou orientar as nações no sentido de reduzir as fontes de degradação dos oceanos oriundas de atividades humanas realizadas em terra.
A implantação da ISO 14001, Sistema de Gestão Ambiental, irá ajudar muito na questão da diminuição dos resíduos e nas diretrizes ambientalmente aceitas àquelas empresas que estão diretamente ligadas ao descarte de resíduos no mar e às empresas de embalagens.
A nova versão da ISO 14001 saiu no final de 2015 e pode auxiliar na questão da melhor destinação final para as cápsulas de café e seus componentes. A Verde Ghaia já está preparada para te dar todo suporte e assistência para a implantação e atualização da Certificação ISO 14001 2015.
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