Conheça os tipos de resíduos mais vendidos no mercado
18/09/2017
Já não é novidade que o lixo gerado pelas empresas pode ser transformado em lucro. Os resíduos resíduos mais vendidos no mercado atualmente são: plástico, borracha, papéis e materiais eletrônicos (vamos falar mais sobre eles abaixo).
Atualmente existem organizações que têm muito interesse nos resíduos gerados. Esses resíduos podem ser reutilizados como matéria-prima, gerando lucro e aumentando a renda de muitas empresas geradoras. Vamos saber mais?
Tipos de resíduos mais vendidos e suas possíveis destinações
Papéis
A reciclagem de papel impede seu acúmulo nos aterros sanitários, gasta menos energia, gera renda e diminui o consumo de recursos naturais como água e madeira.
Primeiramente é realizada a classificação do papel em função da qualidade, origem e presença de matérias toleradas. Por exemplo, papéis com muita tinta (capas de revista e cartões de visita) tem menos valor que os papéis de escritório. Vejamos abaixo:
Papéis usados
São os diferentes tipos de papéis e artefatos de papel descartados pelos usuários finais após sua utilização. É o material oriundo da coleta seletiva do lixo municipal. Esse material pode ser vendido às fábricas de papel reciclado através de parcerias com as cooperativas dos catadores de papel. É caracterizado como pós-consumo.
Impurezas
São os papéis, cartões e papelão inadequados para utilização em determinada finalidade. São ainda considerados impurezas: metal, corda, vidro, madeira, barbantes, trapos, pedras, areia, clips, plásticos, etc.
Materiais proibitivos
São quaisquer materiais proibitivos cuja presença em quantidade maior que a especificada tornam o fardo em que estão contidos não utilizável para a fabricação específica de determinado tipo de papel.
Entre os materiais proibitivos, podem ser citados:
- papéis vegetais ou glassine;
- papel e papelão encerados, parafinados ou betuminados;
- papel carbono;
- papel e papelão revestidos ou impregnados com substâncias impermeáveis à água;
- papel e papelão laminados, tratados ou revestidos com plásticos, betume ou camada metálica;
- colas a base de resinas sintéticas;
- fitas adesivas sintéticas.
Plásticos
Podem ainda ser citados alguns poliuretanos (PU) e poliacetato de etileno vinil (EVA) usados em solados de calçados; poliésteres como os utilizados na fabricação de telhas reforçadas com fibra de vidro; fenólicas, utilizadas em revestimento de móveis entre outros. Estes materiais, conquanto não possam mais ser moldados, ainda podem ser utilizados em outras aplicações, tais como, cargas inertes após moagem, podendo ser incorporados em composições de outras peças, como asfalto.
Os termoplásticos, mais largamente utilizados, são materiais que podem ser reprocessados várias vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando submetidos ao aquecimento com temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.
Como exemplos, podem ser citados, o polietileno de baixa densidade (PEBD); polietileno de alta densidade (PEAD); policloreto de vinila (PVC); poliestereno (PS); polipropileno (PP); polietilenotereftalato (PET); poliamidas (PA) e outros.
Borrachas
O correto a se fazer com pneus e peças de borracha inutilizadas é destiná-las à reciclagem. A borracha utilizada em pneus, por exemplo, pode virar matéria-prima para a confecção de diversos itens automotivos.
Antes do processo de reciclagem, os pneus são submetidos a máquinas especializadas em retirar todo o aço da estrutura. Assim, sobra apenas a parte de borracha, 100% aproveitável. Se este material é jogado no meio ambiente, estima-se que demore cerca de 600 anos para se decompor totalmente.
A reciclagem é feita por meio de fragmentadoras potentes que, com lâminas afiadas, cortam os pedaços de borrachas e pneus em partes bem pequenas, semelhantes a um pó, porém mais grosso.
Em seguida, o material triturado é encaminhado para um processo denominado desvulcanização, em que o produto granulado é posto em autoclaves giratórias para que ocorra a quebra de sequências moleculares e desmineralização e possa ganhar outros formatos. O resultado desses dois processos é uma massa mole e moldável.
Com a borracha reciclada é possível fazer solas de sapatos, chinelos, fibras para roupas, tapetes para automóveis e até uma mistura impermeável para asfaltar e recapear ruas e avenidas. A grande vantagem desse material é que ele é muito resistente e completamente impermeável. Em São Paulo, a Avenida dos Bandeirantes foi toda recapeada com asfalto ecológico feito à base de pneus reciclados.
Materiais eletrônicos
Pilhas, baterias e computadores em desuso não podem ser descartados sem critério porque são tóxicos e trazem riscos à saúde e ao meio ambiente.
A reciclagem de produtos eletrônicos ainda é feito em pequena escala. A maior parte dos metais é exportada para países que detêm a tecnologia para isso. As peças vão para o exterior onde as substâncias tóxicas são separadas e reaproveitadas em novos produtos, como celulares, baterias etc.
Vimos então que os resíduos podem e devem ser reciclados e gerarem lucro para os empresários. Ainda há outros tipos de resíduos que são vendidos, como: metal, vidro, isopor, resíduos da construção civil, tecido e resíduo hospitalar (sim, é possível!).
Conheça outros resíduos com valor no mercado
Os biodigestores têm ocupado um espaço relevante no mercado, devido as soluções proporcionadas para tratamento de resíduos orgânicos de diversas origens.
São várias tipologias industriais que tem interesse nos resíduos orgânicos, sendo: agronegócio, indústria alimentícia, biorefinarias, etc.
O princípio básico de funcionamento de um biodigestor consiste no processamento de matéria orgânica para a geração de biofertilizantes e biogás (que pode posteriormente servir como base para a geração de energia térmica ou elétrica).
Não faz muita diferença para o biodigestor a origem da matéria orgânica que pode ser de resíduos ou de cultivos específicos. Deste modo, o biodigestor se relaciona com pelo menos três setores: resíduos sólidos, agronegócio e energia.
Os resíduos orgânicos que funcionam como substratos para um biodigestor podem ser:
- Resíduos Sólidos Orgânicos Urbanos – RSOU
- Estação de Tratamento de Esgoto – ETE
- Resíduos do Agronegócio (frigoríficos, produção agrícola, …)
- Resíduos orgânicos industriais (Cervejaria, fábricas de arroz, celulose, destilarias, biorefinarias)
Mercado de resíduos
Existem algumas plataformas online onde o empresário pode cadastrar o resíduo gerado pela empresa dele e encontrar compradores interessados no material, gerando receita. Essas plataformas possibilitam a gestão dos resíduos de qualquer empresa, sendo controlado desde a geração até a sua destinação final.
Obviamente, que essa metodologia do mercado de resíduos devem atender à Lei 12.305/10, Política Nacional de Resíduos Sólidos e demais legislações referentes aos resíduos sólidos.
Essas plataformas são um espaço para comprar e vender resíduos do interesse do empresário, contendo uma lista ampla de fornecedores qualificados da região de interesse.
A VG Resíduos é um exemplo de organização que conta com ferramenta de gerenciamento de resíduos. A plataforma utilizada pela VG Resíduos gera valor ao resíduo, pois ele se transforma. É utilizado como matéria prima, sendo aproveitado no processo produtivo de uma outra empresa, e com isso, minimiza os impactos ambientais.