Como empresas estão gerando renda com a reciclagem de lâmpada LED?
20/08/2018
Sabia que pela reciclagem de lâmpada LED é possível reaproveitar 98% dos componentes? Elas geram menor aquecimento dos ambientes e podem significar, também, renda para empresas.
O potencial de reciclagem é quase total porque, diferentemente das outras lâmpadas, as de LED não são fabricadas com metais pesados como o mercúrio. Essas substâncias podem contaminar solos e águas e prejudicar a saúde humana.
As tecnologias de reciclagem das lâmpadas LED são bem variadas e a empresa que reaproveita esse material deve ser ambientalmente responsável. Isso significa que as organizações devem seguir a legislação ambiental e investir na logística reversa. Por meio desse sistema, os componentes das lâmpadas LED voltam à condição de matéria-prima com aplicabilidade para a indústria. Acompanhe!
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Conheça os diferenciais da reciclagem de lâmpada LED
No mercado desde a década de 60, as lâmpadas LED foram criadas por Nick Holonyak, inventor norte-americano que trabalhava na multinacional General Eletric. As lâmpadas possuem esse nome porque são diodos emissores de luz, LED (Light Emitting Diode). Trata-se de componentes eletrônicos semicondutores que conseguem transformar a energia elétrica em luz.
Em comparação com as lâmpadas incandescentes, as de LED apresentam muitos diferenciais, entre eles:
- converte 40% da energia que utiliza em luz, contra apenas 5% da lâmpada incandescente;
- possui vida útil longa, cerca de 50 mil horas (equivalente a mais de 5 anos e meio de utilização contínua);
- não possui em sua composição metais pesados como o mercúrio;
- sua iluminação não emite radiação ultravioleta (UV).
Saiba como reciclar corretamente as LED´s
Além desses diferenciais, outra grande vantagem das lâmpadas LED é que 98% dos seus componentes podem ser reciclados. Isso tem se tornado lucro para empresas porque as lâmpadas usadas são compostas de materiais que podem ser transformados, virando matéria-prima de produtos.
O invólucro externo é de vidro ou plástico, o dissipador de calor é de cerâmica ou de alumínio, e os resistores e cabos contêm cobre. Dentro das lâmpadas, os diodos emissores de luz são feitos de semicondutores, sobretudo índio e gálio. Há, também, elementos de terras raras, como európio ou térbio, misturados ao fósforo.
Com tecnologias de reciclagem é possível reaproveitar os componentes das lâmpadas LED e entre os métodos de aproveitamento estão:
- processo de separação centrífuga: indicado para todas as LED´s, exceto aquelas em formato de bastonete. A centrífuga separa as lâmpadas em vidro e metal ou plástico. Os componentes de vidro passam por tratamento térmico para, posteriormente, serem devolvidos ao ciclo de produção. As peças de metal e plástico são trituradas em um triturador Shredder. As partes que contenham metais ferrosos são retiradas por um separador magnético;
- processo de separação Kapp: indicado para as LED´s em formato de bastonete. As extremidades das lâmpadas são removidas, e os componentes de metal e de vidro contendo chumbo são recuperados. Metal e vidro são triturados e separados por meio de um selecionador de metais;
- processo Shredder: indicado mesmo para lâmpadas quebradas ou resíduos de produção. Acontece em três etapas: primeiramente os materiais são triturados e separados em função do tamanho das frações. A fração maior contém as extremidades ou bases das lâmpadas, a média contém vidros e plásticos com frações de cerca de 5 mm. Na fração menor encontra-se o pó de fósforo e vidro.
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Entenda a legislação que controla o setor
Pela legislação brasileira ficou proibida, a partir de 2012, a comercialização das lâmpadas incandescentes. O veto foi uma medida para incentivar a adoção de modelos de lâmpadas com as de LED, com maior eficiência. O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 35% de 2006 a 2016 sendo necessárias alternativas mais sustentáveis para iluminação do país. A regulamentação se baseou no Plano de Metas estabelecido na Portaria interministerial nº 1007/2010 e foi elaborada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE).
Além disso, a legislação do setor estimula que os fabricantes de lâmpadas adotem a logística reversa. Esse é um sistema em que o fabricante coleta os resíduos depois de usados pelo consumidor. A ideia é que o produto usado seja reciclado, transformado em matéria-prima e reinserido no ciclo produtivo. O nome é uma referência ao processo reverso, no qual o resíduo sai do consumidor e volta ao fabricante.
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Se o fabricante terceirizar o serviço de reciclagem de lâmpadas LED a uma tratadora, os requisitos ambientais devem ser seguidos à risca. As melhores tecnologias para reciclar as lâmpadas usadas devem ser buscadas, sem o descuido com o meio ambiente e a saúde humana. Se a tratadora for negligente com o manejo dos resíduos pode sofrer multa ou até suspensão das atividades. Dependendo da gravidade do passivo ambiental até mesmo a geradora do resíduo pode ter que dividir a conta com a tratadora.
Para evitar punições e fazer um manejo correto das LED´s usadas uma boa dica é contar com uma consultoria especializada no assunto. O grupo Verde Ghaia tem expertise em legislação ambiental referente a resíduos e pode dar um suporte gabaritado às tratadoras.
Encontre negócios para as lâmpadas LED
Além de cumprir a legislação ambiental, as tratadoras que fazem o manejo das lâmpadas LED podem potencializar os negócios por meio do Mercado de Resíduos. Trata-se de uma plataforma que tem o cadastro de geradoras e tratadoras de todo o Brasil. Por meio do site é possível localizar tanto fornecedores de lâmpadas LED´s usadas, quanto tratadoras interessadas em reciclá-las.
Há um grande potencial a ser explorado na reciclagem das lâmpadas de LED, já que 98% de seus componentes podem ser reaproveitados. Com tecnologias apropriadas é possível gerar renda, comprovando que as LED´s são eficientes mesmo ao fim do seu tempo de vida útil.
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