Como descartar lixo eletrônico para evitar impactos ambientais?

17/10/2018

O lixo eletrônico, também chamado de e-lixo, tem potencial de transformação e pode até ser lucrativo para as empresas geradoras. Resíduos de aparelhos eletroeletrônicos como televisores, tablets, notebooks e smartphones, quando manejados corretamente, ganham vida nova. Isso pode significar faturamento para as geradoras e menos degradação ambiental.

Por outro lado, quando descartado de qualquer maneira, o lixo eletrônico pode ser extremamente prejudicial à saúde pública e ao meio ambiente. As geradoras precisam ter uma postura responsável em relação a esses materiais, já que eles podem conter metais pesados. Entre as substâncias que podem ser danosas estão, por exemplo, chumbo, arsênio, mercúrio, cobre, cádmio, zinco, entre outros.

A seguir, você se informa como é formado o lixo eletrônico, como destinar corretamente esse material e as leis ambientais para o manejo. Conhece, também, como as geradoras podem transformar e lucrar com o e-lixo. Acompanhe!

Entenda por que se gera tanto e-lixo no Brasil

A necessidade de gerenciar corretamente o lixo eletrônico é cada vez mais premente devido, entre outros fatores, ao excesso de material gerado. O grande volume de lixo eletrônico no Brasil é consequência da grande demanda pelos aparelhos eletrônicos.

Segundo esta reportagem, o volume de vendas de eletroeletrônicos representa cerca de 3,34% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O comércio de aparelhos cresceu 14,6% no primeiro semestre deste ano. Em comparação ao mesmo período de 2017, houve um salto de 45,5 milhões de unidades vendidas para 52,1 milhões.

Isso faz o Brasil liderar a produção de e-lixo na América Latina.  Em estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), o país gera, anualmente, 1,5 mil tonelada. É classificado como o sétimo maior produtor de lixo eletrônico do mundo, ficando atrás apenas de China, Estados Unidos, Japão, Índia, Alemanha e Reino Unido, respectivamente.

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Conheça a composição do lixo eletrônico

Todos os aparelhos que dependem do uso de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos são chamados de eletrônicos. Eles são classificados em quatro grupos:

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Os resíduos são formados quando esses aparelhos perdem seu tempo de vida útil ou se tornam ultrapassados. Entre a sucata eletrônica estão materiais como plásticos, vidro e alumínio. Podem estar presentes, também, metais pesados com risco de contaminação da natureza e de indivíduos.

Recolha corretamente o lixo eletrônico

Devido ao potencial tóxico, o lixo eletrônico não pode ser descartado diretamente no meio ambiente ou em aterros sanitários. A Política Nacional de Resíduos Sólidos é categórica quanto ao gerenciamento do e-lixo. Por meio da  Lei 13.576 a determinação é que os diversos setores envolvidos com a geração do lixo eletrônico adotem a logística reversa.

O método reverso se baseia no recolhimento dos produtos depois de usados pelo consumidor. Deve haver um esforço conjunto de empresas fabricantes, importadoras ou comercializadoras dos produtos para coletar esse material.  A implantação de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) é fundamental para que o consumidor deposite o produto pós-uso.

O passo seguinte é o lixo eletrônico ser recolhido e ter seu manejo realizado corretamente.

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Recicle o lixo eletrônico e lucre

Entre as opções mais acertadas para o manejo do lixo eletrônico está a reciclagem. A vantagem desse método é que ele dá vida nova aos resíduos, transformando-os em matéria-prima ou subproduto com valor comercial.

A transformação do e-lixo é fundamental para poupar o meio ambiente, evitando a contaminação de solos, mananciais e o surgimento de doenças. Com a reciclagem, menos recursos naturais vão ser explorados e menos resíduos são gerados.

Além disso, o que era sucata eletrônica vira renda para a geradora, com a implantação de tratamentos e comercialização dos novos materiais obtidos.

Entre a sucata eletrônica, existem materiais que podem ganhar vida nova e gerarem renda, como os abaixo:

Divulgue seus materiais no Mercado de Resíduos

Para fazer a gestão correta do lixo eletrônico, os conhecimentos de uma consultoria podem ser decisivos. O grupo Verde Ghaia possui profissionais capazes de orientar sobre a legislação pertinente ao e-lixo, implantação de logística reversa e tratamentos da sucata eletrônica.

Depois de aplicadas as formas corretas de manejo do e-lixo é importante divulgar os materiais transformados. Um ambiente ideal para isso é o Mercado de Resíduos. Trata-se de uma plataforma da VG Resíduos onde geradoras e tratadoras negociam seus resíduos.

De forma simplificada, as geradoras se cadastram na plataforma e informam qual resíduo podem disponibilizar. Da mesma maneira, tratadoras cadastradas têm acesso aos materiais das geradoras, podendo se interessar pelas sobras.  Gerador e tratador entram em contato, firmando as melhores propostas para cada negócio.

O software cria uma rede de contatos entre quem produz resíduos, transforma-os, deseja comprar ou precisa transportá-los. Todas as empresas cadastradas na plataforma são orientadas quanto à legislação pertinente aos resíduos, evitando os passivos ambientais.

O banco de dados está acessível 24 horas por dia, facilitando as negociações entre compradores, vendedores e fornecedores.

Como se vê, o lixo eletrônico tem manejos ecologicamente corretos e que podem evitar a degradação ambiental. O e-lixo tem potencial de transformação, começando pelo recolhimento via logística reversa. Com a implantação de tratamentos, resíduos eletrônicos podem ganhar vida e serem lucrativos para as empresas geradoras.

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