Como a coleta seletiva contribui para a logística reversa?
03/12/2018
Sabemos que a coleta seletiva contribui para a logística reversa, mas como? Desde a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS muito se fala em programas de coleta seletiva e logística reversa.
A coleta seletiva consiste em uma coleta diferenciada de resíduos com características similares. O gerador do resíduo separa previamente o resíduo segundo a sua constituição ou composição e disponibiliza-os para a coleta separadamente. Isso contribui para a logística reversa facilitando o retorno do produto pós-consumo ao seu ciclo produtivo, através canais reversos de pós-consumo como de reciclagem e de reuso.
Tanto a coleta seletiva quanto a logística reversa são importantes pilares para gestão de resíduos. Já que por meio deles os materiais são separados para serem reciclados ou reaproveitados, deixando assim de ir para os aterros. Confira mais sobre esse assunto a seguir!
Como funciona a coleta seletiva?
A responsabilidade pela implantação da coleta seletiva, conforme determina a PNRS é dos municípios. Haja vista que no plano de gestão integrada de resíduos sólidos dos municípios é necessário definir metas referentes à coleta seletiva. Contudo, a adoção dessa prática não deve ser vista somente como uma obrigação das prefeituras, mas de todos.
Mesmo sendo uma obrigação, nem todos os municípios brasileiros possuem coleta seletiva. Apenas 18% dos municípios brasileiros possuem o programa, e a maioria das cidades concentrava-se nas regiões Sul e Sudeste. No entanto, os que possuem oferecem duas formas mais comum, a coleta porta-a-porta e a por Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).
A coleta porta-a-porta pode ser realizada tanto pelo prestador do serviço público de limpeza e manejo dos resíduos sólidos ou quanto por associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis.
Os pontos de entrega voluntária estão situados estrategicamente próximos de um conjunto de residências ou instituições para entrega dos resíduos segregados e posterior coleta pelo poder público.
Já o setor privado pode realizar a coleta seletiva e destinar os resíduos para terceiros que compram o material segregado. Como isso a organização lucra com a venda do resíduo gerado. Exemplos têm a venda de papel, plástico, sucata metálico e resíduo orgânico.
Esses tipos de coleta seletiva – coleta porta-a-porta e PEVs - facilitam o fluxo reverso dos resíduos.
Saiba qual a relação entre coleta seletiva de resíduos e a reciclagem.
Como funciona a logística reversa?
A ineficácia ou inexistência da coleta seletiva é um dos motivos da falta de crescimento da logística reversa. A não separação dos resíduos de acordo com suas características diminui a quantidade de materiais que poderiam ser devolvidos aos fabricantes dos produtos para posteriormente serem reciclados ou reutilizados.
A logística reversa já é um instrumento utilizado por diversos países como uma alternativa eficiente para o adequado gerenciamento de resíduos. No Brasil foi a PNRS que implantou este sistema. O objetivo é fazer retornar todos os produtos pós-consumo ao setor empresarial. Este retorno garante a recuperação dos materiais recicláveis que farão parte de um novo ciclo produtivo.
A PNRS obrigou inicialmente a implantação da logística reversa às cadeias de:
- embalagens de agrotóxicos;
- pilhas e baterias;
- pneus;
- lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
- óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; e
- produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Saiba quais os principais tipos de logística reversa no Brasil.
Coleta seletiva pode contribuir com a logística reversa
A coleta seletiva e a logística reversa são alternativas eficientes para o destino dos resíduos. Essas ferramentas diminuem a quantidade de resíduos que irão para os aterros sanitários e consequentemente contribuem para redução da poluição ambiental.
Além disso, a implantação da coleta seletiva é um modo de conscientizar a população para o tratamento adequado dos resíduos.
O maior desafio da logística é a inadequada coleta seletiva.
No Plano Nacional de Resíduos Sólidos é apresentado quais os resíduos são objetos da logística reversa e para tanto devem ser separados por coleta seletiva. Esses resíduos são: pilhas e baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, produtos eletroeletrônicos e seus componentes e embalagens de agrotóxicos.
Se a população separar corretamente esses resíduos e, se o município contar com um programa de coleta seletiva, a qualidade dos produtos recicláveis aumenta. A coleta seletiva e a logística reversa contribuem para geração de renda, principalmente dos catadores e para o aumento do índice de reciclagem.
Outro benefício da coleta seletiva para a logística reversa é que ela facilita o retorno dos resíduos para os fabricantes e comerciantes. Há também a diminuição dos materiais que vão para os aterros, contribuindo com o meio ambiente e como a saúde do homem.
Quais os tipos de logística reversa mais praticados no Brasil
Facilite a Logística Reversa com a VG Resíduos
Vimos que a separação correta dos resíduos através da coleta seletiva facilita a logística reversa. No entanto, implantar a logística reversa e a coleta seletiva ainda é um desafio das empresas geradoras de resíduos. Por isso, contar com uma consultoria pode ser um passo acertado. Contar com uma equipe que possa orientar as geradoras sobre as fases a serem implantadas, sistemas de coleta e de reciclagem dos resíduos, tudo de acordo com a legislação ambiental é fundamental. E a VG Resíduos trás toda essa facilidade que o gerador precisa.
Através do seu sistema de gerenciamento de resíduos o gerador diagnostica e monitora a quantidade de resíduos gerados, os tipos e o seu fluxo reverso. Com essas informações é possível implantar um sistema de logística reversa eficiente.
Diante disso, conclui-se que a coleta seletiva contribui para a logística reversa, uma vez que ela facilita o fluxo reverso dos resíduos. Ela se torna uma solução ecologicamente correta para empresas que geram resíduos. Há vários tipos de logística reversa no Brasil, reinserindo as sobras no processo produtivo da empresa. E os tipos de coleta seletiva adotado no país permite essa inserção como mais facilidade.
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