Cinco dicas para realizar o gerenciamento de resíduos hospitalares
18/07/2018
Embora seja considerado um resíduo perigoso, os resíduos hospitalares, quando bem manejado pelas empresas tratadoras, pode se transformar em lucro. Há tecnologias para reciclar ou destinar corretamente esses resíduos, eliminar os riscos de contaminação e transformar as sobras em rendimento.
Devido ao seu alto poder de contaminação, os resíduos hospitalares não podem ser descartados de qualquer maneira. A negligência com as sobras hospitalares pode trazer intoxicação e doenças ao homem, além de danos à natureza. O perigo ao meio ambiente está na contaminação de solos, vegetação, rios lagos e lençóis freáticos. Por isso é tão importante o gerenciamento adequado dos resíduos originados em hospitais, clínicas, necrotérios, centros de pesquisa e laboratórios.
A seguir, você pode se inteirar de dicas para o gerenciamento correto dos resíduos hospitalares. Acompanhe!
Dica 1: Conheça a fundo os resíduos hospitalares
O primeiro passo para o gerenciamento correto dos resíduos hospitalares é conhecer a natureza deles. Em 2003, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), instituiu a Resolução RDC n.º 33, para o gerenciamento das sobras hospitalares.
A partir daí, os resíduos hospitalares foram divididos nos seguintes grupos:
- Grupo A: resíduos potencialmente infectantes, com agentes biológicos que apresentem risco de infecção. Ex: bolsa de sangue contaminada;
- Grupo B: resíduos químicos, aqueles que contêm substâncias químicas capazes de causar doenças ou contaminação ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Ex: medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de raio-x;
- Grupo C: resíduos radioativos, aqueles com radioatividade em carga acima do padrão e sem condições de reuso. Ex: exames de Medicina Nuclear;
- Grupo D: resíduos comuns, qualquer sobra que não tenha sido contaminada ou possa provocar acidentes. Ex: gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis;
- Grupo E: resíduos perfuro-cortantes, composto por objetos e instrumentos que possam furar ou cortar. Ex: lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro.
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Dica 2: Siga a legislação ambiental
Uma segunda dica importante é se inteirar e aplicar as normas sobre a geração e o tratamento dos resíduos hospitalares.
As transportadoras e tratadoras devem seguir premissas no manejo do lixo hospitalar para evitar riscos à saúde humana e à natureza. Entre as medidas necessárias para o gerenciamento correto desses resíduos estão:
- promover a redução da carga biológica dos resíduos, de acordo com os padrões exigidos: eliminação do bacillus stearothermophilus no caso de esterilização, e do bacillus subtyllis, no caso de desinfecção;
- atender aos padrões estabelecidos pelo órgão de controle ambiental do estado para emissões dos efluentes líquidos e gasosos;
- descaracterizar os resíduos.
Além da ANVISA, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), é outro órgão que define regras para os resíduos hospitalares. Por meio da Resolução CONAMA nº 237/97, as empresas necessitam ter Licenciamento Ambiental para gerenciar o lixo hospitalar. Para entrar em atividade, devem possuir a licença de operação (LO) e os documentos de monitoramento ambiental previstos no licenciamento.
Dica 3: Saiba como gerenciar resíduos hospitalares
Uma terceira medida importante é conhecer as etapas do gerenciamento de resíduos hospitalares. Em todas elas, é preciso muito critério para que os resíduos tenham um encaminhamento seguro. Entre as principais fases do gerenciamento, estão:
- acondicionamento: é a etapa em que os resíduos, ainda nas geradoras, são armazenados em contentores ou sacos, destinados a cada tipo de material. Os sacos de acondicionamento devem ser resistentes à ruptura e vazamento, impermeável, respeitando os limites de peso. É proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento;
- coleta: é a fase desde a partida do veículo que irátransportar o resíduo até a chegada aos locais de destinação. Sendo assim, compreende todo o trajeto entre a remoção dos resíduos das áreas onde foram acondicionados até os pontos de descarga. Podem ser aterros sanitários, usinas de reciclagem, de incineração, e outros;
- triagem: é a etapa que corresponde à separação dos resíduos hospitalares;
- tratamento: é a fase em que são aplicados métodos ou tecnologias para reciclar ou dar destino final a esses resíduos.
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Dica 4: Escolha o melhor tratamento
Uma quarta orientação diz respeito ao tipo de tratamento que deve ser empregado. Isso está diretamente ligado às características de cada grupo de resíduos hospitalares, conforme o quadro abaixo:
Grupo de Resíduos
Descrição
Tratamentos indicados
Grupo A
Resíduos potencialmente infectantes
Incineração, Esterilização por plasma, Desinfecção química, Esterilização por microondas, Esterilização a vapor, Esterilização por radiações ionizantes e Esterilização a seco ou inativação térmica.
Grupo B
Resíduos químicos
Incineração
Grupo C
Resíduos radioativos
Seguir normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN
Grupo D
Resíduos comuns
Incineração e reciclagem
Grupo E
Resíduos perfuro-cortantes
Esterilização por gases e Desinfecção química.
Dica 5: Tenha suporte e lucre com os resíduos
Por fim, uma última dica diz a respeito à importância de uma consultoria. Para as empresas que vão gerenciar os resíduos hospitalares há diversas tecnologias à disposição, como vimos acima. Mas é preciso saber a mais indicada para o perfil da tratadora, que deve ter um sistema de gestão ambiental estruturado. Com o suporte da Verde Ghaia, a tratadora terá melhor desempenho com os resíduos hospitalares e sucesso na certificação ISO 14001.
A empresa que se especializa no manejo do lixo hospitalar, seguindo todos os protocolos ambientais, obtém muitas vantagens. É um diferencial para a clientela a tratadora ter a certificação ambiental, comprovando que trabalha de acordo com a legislação.
Além da credibilidade, a empresa pode lucrar, tratando esses resíduos com métodos que visam amenizar a periculosidade das sobras hospitalares. Isso se reverte em imagem positiva para tratadora que passa a ser vista como ambientalmente responsável.
É de extrema importância o gerenciamento adequado dos resíduos originados em hospitais, clínicas, necrotérios, centros de pesquisa e laboratórios. Diversas tecnologias podem ser aplicadas para que esse material seja reciclado ou destinado corretamente, poupando o planeta e as pessoas.
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