Aprenda a fazer a gestão interna de resíduos
21/09/2020
A gestão interna de resíduos consiste em realizar atividades como: coleta interna de materiais, segregação e disposição em espaços específicos para armazenamento temporário antes de ser destinado de forma ambientalmente correta. Neste artigo apreenderemos a fazer a gestão interna de resíduos de forma correta e eficiente!
Os resíduos são gerados de várias formas, seja no escritório, no refeitório ou na produção. Quando um material não pode ser aproveitado integralmente, este se torna um rejeito ou um resíduo.
A adequada gestão interna de resíduos permite que a empresa se organize e se torne mais competitiva no mercado de resíduos, atraindo interessados em coprodutos de qualidade.
A gestão interna de resíduos é um das formas mais comuns de desenvolver consciência ambiental e garantir a sustentabilidade.
Veja abaixo o que abordaremos neste artigo:
- o que é gestão interna de resíduos
- qual a importância da gestão ambiental para fazer gestão interna de resíduos
- como fazer a gestão interna de resíduos da minha empresa
- plano de gerenciamento de resíduos sólidos – o que é e quais setores são obrigados a elaborar
- por que preciso fazer o armazenamento temporário dos resíduos
- vantagens da gestão interna de resíduos
- mercado e venda de resíduos
- como ter uma gestão interna de resíduos eficiente
O que é gestão interna de resíduos?
A gestão interna de resíduos consiste no ato de gerenciar internamente na empresa todos os resíduos gerados, dispondo de atividades como: coleta interna de materiais, segregação e disposição em espaços específicos para armazenamento temporário antes de ser destinado de forma ambientalmente correta.
Todos esses aspectos estão previstos na Lei n° 12.305/2010, que trata sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
A PNRS determina que as organizações devam garantir a minimização na produção de resíduos e o seu reaproveitamento na forma de matérias-primas.
As empresas devem seguir a seguinte ordem de prioridade na gestão interna de resíduos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
O controle dos resíduos em uma empresa é algo fundamental no processo produtivo. O sua gestão é um excelente método que cria oportunidades de não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição dos resíduos.
Um dos grandes desafios das empresas é assegurar que todos os resíduos sejam gerenciados de forma apropriada e segura, desde a geração até a disposição final (do berço ao túmulo), envolvendo as etapas de geração, caracterização, manuseio, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final.
Qual a importância da gestão ambiental para fazer gestão interna de resíduos?
Consolidar uma marca de sucesso com produtos e serviços de qualidade é uma tarefa árdua e também muito compensatória, certo? Para tal, com as inovações e dinamismo do mercado, além da qualidade, a questão ambiental é um fator primordial para empreendedores que almejam competitividade, diferenciais e destaque no mercado atual.
Fato é que empresas com ética nos negócios, uso responsável dos recursos naturais e que tem respeito com as pessoas, conquistam posições de destaque e ficam à frente da concorrência cada vez mais acirrada.
Não apenas por questões mercadológicas, mas também pelo fato de as empresas terem de cumprir obrigações legais inerentes às suas atividades, a gestão interna de resíduos faz parte do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Sendo que o PGRS é item obrigatório para empresas públicas e privadas de determinados setores, exigido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O Sistema de Gestão Ambiental é conhecido e reconhecido em todo o mundo e aborda os principais requisitos para as empresas identificarem, controlarem e monitorarem questões ambientais.
Possui benefícios como: aperfeiçoamento do SGA, crescimento eficaz, aumento da rentabilidade, melhoria da imagem da empresa, auxilia no cumprimento da legislação ambiental, incentiva ao cumprimento de ações voltadas para a gestão ambiental, traz competitividade internacional e satisfação do cliente.
A implementação da gestão ambiental na organização pode ser feita através da ISO 14001. Esta norma foi recentemente atualizada (ISO 14001:2015) e, além de possuir maior compatibilidade com as demais normas ISO, traz requisitos relacionados ao gerenciamento dos aspectos e impactos ambientais durante o Ciclo de Vida de produtos ou serviços da empresa.
É importante frisar que sendo assim, ao realizar corretamente a gestão interna dos resíduos, a empresa tem condições para obter e manter uma Certificação Ambiental.
Como fazer a gestão interna de resíduos da minha empresa?
Tudo começa com a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, elaboração de um PGRS e criação de espaços para armazenamento temporário dos resíduos.
A demonstração da capacidade que a empresa possui para gerir de forma ambientalmente adequada todos os resíduos gerados é feita pelo PGRS.
Veja o passo a passo de como fazer a gestão interna de resíduos:
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Faça um diagnóstico dos setores identificando quais atividades são desenvolvidas e quantas pessoas trabalham. Também, quais insumos são utilizados e se acontece algum descarte naquele setor.
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Identifique os resíduos gerados em cada setor.
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Identifique os tipos de resíduos que cada um deles gera (plástico, papel, metal, vidro, orgânicos e perigosos).
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Depois de identificados os tipos de resíduos, conheça a quantidade gerada.
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Classifique os resíduos: todos os resíduos sólidos coletados nos setores deverão ser classificados, para sua posterior segregação, de acordo com as classes definidas pela norma técnica ABNT – NBR 10.004/04.
As classes dos resíduos são estabelecidas relacionando sua origem e seus riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, para que possam receber o gerenciamento adequado.
As classes definidas para os resíduos sólidos são:
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resíduos Classe I – Perigosos: aqueles que apresentam periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade. São exemplos de resíduos classe I: óleos e graxas minerais, tintas, ou materiais contaminados com essas substâncias e resíduos de serviços de saúde, dentre outros;
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resíduos Classe II A – Não Perigosos e Não Inertes: podem ter propriedades como combustibilidade, biodegrabilidade ou solubilidade em água e não se enquadram nas classificações de resíduos classe I. São exemplos de resíduos classe II A os restos de alimentos, os lodos das fossas sépticas, os resíduos sanitários em geral, papel, papelão, dentre outros;
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resíduos Classe II B – Não Perigosos e Inertes: são quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. São exemplos de resíduos classe II B: Sucatas de materiais ferrosos e não ferrosos, dormentes inservíveis vidros, borrachas, resíduos da construção civil não contaminados com óleos, solventes e tintas, dentre outros.
Segregue e Armazene: a segregação dos resíduos deve considerar a sua classificação, a fim de evitar riscos caso os resíduos reajam entre si. Portanto, os resíduos devem ser segregados e armazenados conforme suas características.
A segregação obedecerá a CONAMA 275/01 e NBR 10.004/04, para evitar a contaminação de outros materiais e facilitar o acondicionamento, armazenamento temporário, tratamento ou disposição final.
Importante que a segregação seja realizada na fonte geradora, como medida eficaz para a redução, a reutilização e a reciclagem dos mesmos.
Os resíduos deverão ser segregados em áreas identificadas de acordo com as cores padrão para cada tipo de resíduo.
Os locais para armazenamento temporário serão sinalizados e determinados de acordo com as especificações técnicas da NBR 11.174/90 e 12.235/92.
Transporte: o transporte deverá ser planejado para retirar os resíduos sempre que o local de armazenamento atingir 3⁄4 (três quartos) de sua capacidade. Para um correto transporte, é necessário que o transportador tenha uma licença de operação para realizar aquele tipo de atividade. Além disso, será necessária a emissão de uma CTR (Controle de Transporte de Resíduos), do MTR, FDSR, Ficha de Emergência, etc.;
Destinação Final: a destinação final dos resíduos deverá ser realizada por uma empresa especializada e licenciada.
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – o que é e quais setores são obrigados a elaborar?
O PGRS é um documento que fala de toda a trajetória do resíduo internamente e externamente por meio de um memorial descritivo dos procedimentos implementados e operacionalizadas, bem como daqueles que ainda serão adotados (caso ainda não existam), envolvendo as etapas de segregação, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação ou disposição final.
De acordo com o art. 20 da PNRS, os setores obrigados a elaborar o PGRS são:
geradores de resíduos de serviços públicos de saneamento básico;
geradores de resíduos industriais;
geradores de resíduos de serviços de saúde;
geradores de resíduos de mineração;
estabelecimentos comerciais de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos ou que sejam definidos como de responsabilidade privada por sua natureza, composição, natureza ou volume;
empresas de construção civil;
terminais ou outras instalações de serviços de transporte;
atividades agrossilvopastoris, conforme exigência do órgão ambiental ou de vigilância sanitária.
Por que preciso fazer o armazenamento temporário dos resíduos?
A quantidade gerada de resíduos nas empresas não segue “um padrão internacional”. Cada empresa, de acordo com seu processo produtivo, tem uma quantidade e qualidade de resíduos gerados, portanto muitas vezes é inviável haver coleta de resíduos diariamente.
Sendo assim, ao implementar a gestão interna dos resíduos, é necessário que haja uma central de resíduos ou um pátio.
Esses locais são destinados para segregação interna e destino temporário dos resíduos gerados.
Os locais de armazenamento devem conter risco mínimo de contaminação, sinalização adequada, restrição de acesso, piso impermeabilizado e proteção dos resíduos contra intempéries (chuvas e ventos), dentre outros aspectos necessários a uma estruturação adequada e de acordo com as características dos resíduos que serão ali armazenados.
As condições exigíveis para o armazenamento é determinada pela norma da ABNT NBR 12.235 e, no caso de resíduos não perigosos, a ABNT NBR 11.174.
Vantagens da Gestão Interna de Resíduos
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permite o mapeamento do caminho dos resíduos que são gerados;
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avaliação do ciclo de vida do produto;
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criação de estratégias para o Mercado de Resíduos;
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cumprimento da legislação vigente;
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evita contaminação entre os resíduos gerados, devido à segregação;
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redução de custos;
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possibilita a redução/eliminação do passivo ambiental;
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geração de receita com a venda de resíduos;
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aproveitamento integral dos resíduos;
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possibilita que a empresa adote o conceito Aterro Zero;
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manutenção adequada do certificado ambiental;
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possibilita uma economia circular;
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obtém diferencial competitivo.
Mercado e venda de Resíduos
Fazer gestão interna de resíduos corretamente reduz custos, evita multas, notificações ambientais e demais custos desnecessários, além disso, gera receita e traz vantagens ambientais e competitivas frente a seus concorrentes.
Para te ajudar neste processo, a plataforma Mercado de Resíduos, cria oportunidades e otimiza a gestão das organizações para um melhor aproveitamento e destinação dos resíduos.
Neste módulo, é possível fazer oferta e busca de resíduos e serviços. Seu objetivo é agregar valor ao resíduo que é transformado em insumo para ser aproveitado no processo produtivo de outras empresas e ainda, estimular a destinação correta dos resíduos, minimizando impactos ambientais.
Como ter uma gestão interna de resíduos eficiente?
Um sistema automatizado especializado em Gestão de Resíduos permite que as empresas gerenciem e reduzam seus resíduos, garantam conformidade ambiental e aprimorem seu desempenho ambiental. O sistema gerencia o ciclo de vida dos resíduos, desde a sua geração, armazenamento, transporte, até chegar à sua disposição final.
Através desses sistemas são garantidos que todas as etapas necessárias para uma gestão eficiente sejam realizadas. Além disso, garante o cumprimento de todas as leis ambientais, a segurança e a sustentabilidade.
A vantagem em ter um sistema especializado de gestão de resíduos é o fim das planilhas manuais. Com um único ambiente é possível o controle total de todos os processos de gestão, eliminando as antigas planilhas de Excel, licenças em PDF, documentos em Word.
Neste sistema, os dados necessários para gerar relatórios e inventários de gestão de resíduos não são perdidos e o preenchimento é feito automaticamente. Dessa forma as informações não precisam ser checadas em planilhas avulsas.
O VG Resíduo é um software excelente para atender às necessidades da organização relacionadas à gestão dos resíduos gerados, armazenados, transportados, tratados e que recebem a disposição final.
O software da VG Resíduos gera automaticamente todos os documentos de gestão de resíduos obrigatórios, como o MTR, CADRI, CDF e CONAMA 313.
O software pode funcionar online, desktop e mobile. O usuário informa a quantidade de resíduos gerados e a data. Também informa quem realizará o transporte e qual o tipo de tratamento será dado. Além de outras informações importantes sobre os resíduos, como sua classificação. Dessa forma, automaticamente são gerados os documentos obrigatórios para os órgãos ambientais.
Sendo assim, a gestão interna de resíduos pode ser feita através de um software de gestão de resíduos, Como a VG Resíduos. O software permite ter controle sobre as atividades de: coleta interna de materiais, segregação e disposição em espaços específicos para armazenamento temporário antes de ser destinado de forma ambientalmente correta.
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